
Para minha amiga RosângelaA inspiração acordou com o telefone, que estava carregando desligado. Olhou seus recados e pensou que não era nada mal comemorar com champanhe, nada de corda – as viagens, quando para dentro de si, recarregam as forças de se estar no salto todo tempo.Lembrou da música que Ivan Lins desenha ao abrir a boca. E da coragem, que ela, mulher, sabe que é estar longe de casa, cuidando de tantos filhos! E da única filha, filosofia desconcertante para a idade. E ainda do carinho nada exaustivo do rabinho que balança quando desfaz a solidão própria dos paulistas. Embora já esteja há mais de vinte anos perto de si mesma e um dia se perca no caminho de volta.Qual o caminho de volta quando a tristeza relembra que o natal não será...