sexta-feira, 17 de junho de 2011

Natal, 17 de junho de 2011. Senhor vereador Heráclito Noé, Com interesse, li hoje uma notícia no jornal e tomei conhecimento de um projeto de sua autoria acerca dos inúmeros estrangeirismos que se propagam pela cidade Natal, e o seu empenho em tornar obrigatória a tradução dessas palavras, com o nosso vernáculo à mostra. Impossível não lembrar, nesse momento, do nostálgico, melódico e lindo soneto do parnasiano Olavo Bilac, demonstrando todo amor e apego à Última Flor do Lácio inculta e bela. No entanto, é impossível não lembrar também do frustrado projeto quase gêmeo ao seu – nasceram de placentas diferentes –, do deputado Aldo Rebelo, em 2007. Entendido que o senhor se preocupa com o nosso idioma, saiba que a língua portuguesa passa incólume em todas as instâncias de um suposto desaparecimento:...

quinta-feira, 26 de maio de 2011

ÀS ROSAS DO MEU PAÍS

I – À do meu Estado Senhora Rosa, Aristóteles dizia que não deveríamos cansar o nosso público com o intróito e, para ser breve, digo: admiro a sua administração do/no “País de Mossoró”, cidade na qual nasci e recebi, anos depois, de suas mãos, um prêmio do concurso literário Maria Sílvia de Vasconcelos Câmara. Esse início me serve para enfatizar o acompanhamento que faço de seus passos políticos. No entanto, contrariando Aristóteles, a senhora está extenuantemente cansando, nesse início de mandato, o povo desse Estado – que há muito tempo tenta se libertar de péssimas administrações. O seu discurso de que o Estado herdou dívidas do governo passado é, sob o ponto de vista da população, vazio de argumentos. Se fizermos uma comparação com a nossa...

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Paralelos

Eles agem rapidamente. Eram dois – o ato requer apenas um, mas para consagrar a covardia, eles, normalmente, agem em bando. Surgem de um nada fantasmagórico e partem para uma escuridão jamais imaginada. A visão escurece. Não deu tempo de vê-los, embora eu os olhasse de frente, mirando, inocentemente, o olho e o cano do revólver apontado para mim. Sou tão péssimo fisionomista que os policiais pediram para eu descrevê-lo e eu não soube, limitando apenas às imagens do monitor comprovando um assalto recente. E assim levaram a minha bicicleta cara. Mas poderia ter sido qualquer valor, eles levariam da mesma forma. Pediram quase gentis, semelhante a uns monstros, para eu entregar-lhes o celular. Eles eram violentos, agressivos, estúpidos. Eu não...

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Comunicação

Algumas pessoas não têm problema algum em se comunicar com o mundo. Postarei fotos com erros gramaticais e suas variantes da língua portuguesa, com a finalidade de refletir sobre a língua. Coment...

quarta-feira, 30 de março de 2011

Atípico

Hoje assim:...

quinta-feira, 17 de março de 2011

Marcha de quarta-feira de cinzas

Marcha de quarta-feira de cinzas (Vinicius de Moraes e Carlos Lyra)Acabou nosso carnaval Ninguém ouve cantar canções Ninguém passa mais brincando feliz E nos corações Saudades e cinzas foi o que restouPelas ruas o que se vê É uma gente que nem se vê Que nem se sorri Se beija e se abraça E sai caminhando Dançando e cantando cantigas de amorE no entanto é preciso cantar Mais que nunca é preciso cantar É preciso cantar e alegrar a cidadeA tristeza que a gente tem Qualquer dia vai se acabar Todos vão sorrir Voltou a esperança É o povo que dança Contente da vida, feliz a cantar Porque são tantas coisas azuis E há tão grandes promessas de luz Tanto amor para amar de que a gente nem sabeQuem me dera viver pra ver E brincar outros carnavais Com a beleza...

quarta-feira, 16 de março de 2011

Dias de chuva

Uma dupla barroca, por excelência. E eu compondo cenários a quilômetros de distância. De uma imagem que, bom isso, não sei qual é. Ótimo isso. A vida é boa, pode ser melhor. Haverá apenas alguns ajustes técnicos. Y todo volverá a la normalidad pronto. E eu, literatura fundante, fênix renascida, rio à toa. Escuto músicas, Nara Leão volta a mim, leio Caio e outros mortos. Há uma admiração profunda e perfeita nisso. Estudo. Sinto bons fluidos e continuo a sorrir. Que pode ser de mim? O que me resta é tão gratificante. "continua lindo". Vivamos, leonino lindo lindo. Narciso, eu? Não me agrada a cultura hedonista que plantaram por essa nação-mundo. Apenas existo, talvez "metido", "ridículo". Em sentido cartesiano, existo. Concretude de dias assim,...

terça-feira, 1 de março de 2011

Deus, Dinheiro e Déspotas

Alguns vão me chamar de radical. Indubitavelmente, sob o ponto de vista deles, assim sou. No entanto, serão mais coerentes se, ao construírem suas respectivas teses a meu respeito, aceitarem analisar friamente os meus argumentos sobre a leviandade com a qual tratam um princípio que deve estar acima de todas as coisas: Deus.Não suporto fanatismo. A ideia fanática de as pessoas sobreporem toda a sua vida a um culto fausto, a um pastor hipócrita que se considera onipotente – mesmo que assim não se declare –, a uma fé cega cobrando direitos para estar aqui neste mundo feito por Deus, para mim, para você, para todos, inclusive pastores, me desgasta em absoluto. Ah, e o mundo foi feito para você desfrutar dele, de graça. Assim deve ser, concluo,...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Brincando de boneca - final

Constatou-se o que era, tinha sido do sol torrencial em que ela havia sido exposta quando criança, era câncer de pele, que já tinha danificado várias partes do corpo. Ela também foi diagnosticada com leucemia. Os filhos foram avisados e decidiram poupar a mãe da notícia trágica e fazer os tratamentos, dizendo ser para outra finalidade. A inocência de dona Glória não rebateu nada, acreditou ser doença da velhice, como ela falara, sua lucidez não estampava desânimo, em momento algum.- Os véi tem essas coisa. Mas vô ficá boa. Minha mãe um dia mi falou qui meu pai tinha isperança in mim. Qui eu ia vencê. Venci e inda tô aqui contando histora.Todos os presentes esforçaram-se para silenciar as lágrimas. Dona Glória realmente adorava falar de sua...

Quantos anos você tem?

Desconhecido surfista navegando em linhas misteriosas. As palavras me salvam. E me condenam. Exposto, fragilizado, não sei mais quem sou. Quando sei, ou penso inocente que sei, escrevo. Lembro, recorrência pedagógica, de uma pergunta: "Quantos anos você tem?" Uma amiga. "Não sei" foi a resposta autoridade dada suavemente pela inquilina da indagação. Eu, intranquilo, não entendi. Filosofia mágica de uma vida encheu-me de luz. E de vontade. Sei quantos anos vivi até aqui. Quantos eu tenho, não sei. Vivo. Eu, surfista de um mundo de ondas bravias, violentas, guerreiras, equilibro-me. E escrevo. Quantos anos você tem? Não quero mais saber. Se o dia chega, o caminho traçado fica sem graça. Vivo, po...

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Brincando de boneca - parte III

No entanto, quando Alzira completou vinte e dois anos, casou-se com um forasteiro, e queria levar Conceição para viver com ela. Dona Glória não aprovava o casamento, pressentia que o homem, Álvaro, não tinha boas intenções e não permitiu a saída de Conceição. Ela estava certa, em menos de um mês, estavam separados e Alzira se prostituiu, para decepção da família, que insistia na sua volta para casa.Fernando, sempre persistente, passou no vestibular de Medicina e ajudou os irmãos a subirem na vida. Tentou chamar Alzira para perto de si, mas ela não queria largar a vida mundana dos vícios e do sexo. Ela nunca prosperou.Fernando se formou aos vinte e nove anos e logo que isso aconteceu, tirou a mãe dos empregos miseráveis que lhe usurpavam as...

Vivo, sei disso. Escrevo, sei ma...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A literatura chegou - tem tempo - e me invadiu forte. Escrevo para deixar de ser e ser. E assim é minha essênc...

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Brincando de boneca - parte II

A existência era árdua e nunca melhorava, a labuta era difícil para todos e viver continuava penoso. Três irmãos de Glória, movidos por promessas de trabalho digno no sudeste do país, angariaram dinheiro e foram lá tentar a vida, mas não sem antes prometer voltar para buscar a todos e dar uma vida mais confortável para os que ficavam. Dona Alzira não pôde ver tal promessa se cumprir, morreu num fatal acidente na plantação de cana. Glória com quinze anos, ficou aos cuidados de Serafim, o segundo filho de sua mãe. Serafim era casado com Joaquina e morava na mesma casa que seu Canindé abandonara devido à morte. Os outros irmãos de Glória nunca mais voltaram.A beleza da jovem Glória encantara Raimundinho, um funcionário da casa de seu patrão que...

Quando escrevo, vivo, sou Peterson, o escritor. As demais horas vivo a pensar em Peters...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Brincando de boneca

Quando Glória nasceu, a situação de sua família era deplorável. Canindé, seu pai, já estava velho e doente, mas continuava trabalhando nas terras do seu patrão, em especial na plantação de algodão onde fazia de tudo, do plantio ao descaroçar, ganhava pouquíssimo e o dinheiro não dava para sustentar satisfatoriamente os filhos e a esposa, mas agradecia a Deus todos os dias pelo emprego e pela comida, não se entregava às melancolias da vida e se sentia feliz. Glória era a quinta vida que punha no mundo, ele viu a esperança renascer quando irromperam as primeiras lágrimas do bebê franzino, que nascia sem nome, mas que, quando a parteira verificou o sexo, o suspiro da mãe a batizara. O primeiro contato de Glória com a aspereza foi o toque das mãos...

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Sou o que me dou à felicidade de dizer: um escritor. Escrevo. E isso é, para mim, toda a essência de que sou fei...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Um dia assim, de ser feliz. Embora o mau humor tenha acordado ant...

sábado, 29 de janeiro de 2011

BBB e outras prioridades

Há muito tempo, o Brasil tem passado por uma fase de baixíssima autoestima. Modelos perfeitas compõem um cenário imperfeito. Outra vez um palestrante falava que a Gisele Bündchen adoraria ser parecida com ela depois das maquiagens e Photoshop a ela aplicados. As pessoas querem emagrecer para entrarem num padrão de beleza que não é o nosso e não porque estão preocupadas com a saúde. A mídia é responsável por essa disseminação e as pessoas estão cada vez mais alienadas. Aí entra o BBB. Corpos esculturais, tatuagens imensas colorindo corpos e fazendo de pessoas comuns, ícones da televisão brasileira. O preço da fama, o preço de aparecer. Se fosse feita uma entrevista com os participantes do reality show, certamente eles próprios não gostariam...

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

os contrastes.

A loura gelada vai muito bem obrigada, nos comerciais e principalmente nos bares onde é livremente vendida àqueles que se deliciam ao sabor da cevada e álcool fermentados. Os novos carros do ano invadem a TV e, imediatamente as ruas e avenidas brasileiras, onde os novos proprietários desses satisfazem suas necessidades de ostentar o novo modelo sobre quatro rodas. Até aqui, parece que vivemos às voltas da televisão, o que não chega a ser uma inverdade completa, mas dentro da realidade – o trivial recaí sobre mim, que é dura – as diferenças do que é mostrado pela caixa animada não são tão díspares. Se pararmos para comparar, inúmeros Zecas, Joões e Pedros que conhecemos bebem diariamente e dirigem os modelos mais recentes dos carros anunciados...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Essa vontade estonteante de mostrar ao mundo que eu faço parte dele através do que escrevo é a salvação da minha al...

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